A princípio, na formação de advogados muito se fala em domínio de leis e em alcançar títulos, mas pouco se fala em inteligência emocional na advocacia para conseguir chegar onde se deseja.
Acontece que quem deseja advogar tem que estar preparado para resolver problemas. E esse é, de fato, o motivo pelo qual os seus clientes chegarão até você.
Por outro lado, o que ninguém conta é que para resolver problemas é fundamental ter domínio sobre suas emoções e saber racionalizar questões.
Por que a inteligência emocional é importante?
Em primeiro lugar, seria leviano falar sobre o assunto e não citar Daniel Goleman, nobre doutrinador sobre a temática da inteligência emocional, inclusive, na advocacia.
Para ele, o Quociente Emocional (Q.E) do ser humano tem 80% de contribuição na sua vida de sucesso, enquanto o Quociente de Inteligência (Q.I) tem apenas 20%.
Dessa forma, é inegavelmente comprometedor que o advogado, durante a sua formação, não seja preparado para lidar com uma das temáticas mais relevantes do sucesso: a inteligência emocional na advocacia.
Como melhorar a sua inteligência emocional na advocacia?
Segundo Goleman, a inteligência emocional é dividida em competências que precisam ser trabalhadas uma a uma em sua rotina, vejamos:
Autoconsciência
Antes de qualquer coisa, o advogado precisa compreender o nível de emoção que ele deposita nas coisas. Só assim, é possível ver quais pontos devem ser mudados. É por isso que, segundo o autor, o profissional que não reconhece suas emoções não saberá quando e como controlá-las.
Auto-regulação
É nessa competência que o ilustre Goleman trabalha o gerenciamento das emoções. Na advocacia, essa competência retrata a necessidade do advogado controlar o seu ego. É nesse momento que os impulsos podem falar mais alto, por isso, o posicionamento deve ser sempre precedido de uma avaliação cautelosa.
Motivação
Seguindo essa linha, todo advogado com inteligência emocional é motivado por valores internos, que não estão necessariamente ligados às recompensas que ele pode receber por agir de forma apropriada. Pelo contrário, o que motiva o advogado emocionalmente inteligente é a consciência de que a entrega profissional está pautada no seu compromisso e não nas circunstâncias ou na pessoa do cliente.
Habilidades sociais
Definitivamente, advogar e não saber se relacionar socialmente são coisas que não combinam. Nesse estágio, o advogado que já tem consciência emocional, controle e motivação tem que ir em busca agora de interação social. Essa interação não está necessariamente ligada à introversão ou extroversão, mas à capacidade de persuadir usando um discurso estratégico. Logo, o advogado que interage bem não é o que fala mais ou o que se expressa de forma mais chamativa, mas sim o que sabe transmitir claramente a sua mensagem e conquistar a confiança do ouvinte.
Empatia
Por fim, nas palavras do advogado Wagner Odri:
‘‘A advocacia praticada com respeito e empatia é a mais nobre das profissões. Sem eles, é a mais perversa de todas’’.
Empatia é basicamente a arte de saber se colocar no lugar do outro. Cuidado, não é uma brecha para que o advogado se exceda em suas emoções. É um alerta para que o advogado enfrente a causa, consciente da relevância que aquele resultado trará para a vida do cliente. Esse valor deve incentivar o advogado a atribuir à causa a mesma relevância que o cliente atribui. Ao contrário disso, o que muitos advogados sem empatia fazem é tratar a causa do cliente como apenas mais um número.
Conclusão
Diante de tudo o que foi falado, é normal chegar à conclusão de que algumas dessas competências estão em falta. Portanto, a alternativa na busca da inteligência emocional na advocacia é evidentemente trabalhar também as suas competências emocionais. Para, assim, se tornar um profissional apto a resolver os problemas apresentados pelo cliente de forma sábia, racional e assertiva.
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